Gorillaz – Demon Days
Demon Days é o segundo álbum de estúdio da banda virtual britânica Gorillaz. Foi lançado no dia 11 de maio de 2005 no Japão, depois em 23 de maio de 2005 no Reino Unido e em 24 de maio do mesmo ano nos Estados Unidos. Demon Days ganhou o primeiro lugar no Reino Unido e o sexto nos EUA, desbancando então o outro álbum de 2001, Gorillaz. A produção do álbum ficou, em sua maior parte, a cargo do músico Danger Mouse, da dupla Gnarls Barkley. Foi o 11º álbum mais vendido do mundo em 2005, de acordo com um relatório da IFPI, a Federação Internacional da Industria Fonográfica.
Demon Days entrou nas listas dos 100 maiores álbuns da década de 2000 da NME e da Complex, ficando na 98ª e 43ª posições, respectivamente. Ele também ficou em 75º lugar na lista dos 150 principais álbuns da década da Uncut, além de ter integrado a lista da Spin dos “300 melhores álbuns lançados entre 1985 e 2014”.
Em “Demon Days”, o Gorillaz apresenta ritmos e visuais cheios de estilo, cravando sua marca como uma das mais ousadas já lançadas na música. Lançado em 2005, “Demon Days” é o segundo álbum de estúdio do Gorillaz. As músicas de “Demon Days” possuem uma estética que mescla rock alternativo, hip-hop e pop em uma abordagem psicodélica muito bem construída. Dentre as excelentes faixas do álbum, o destaque fica com os singles “Dare”, “Feel Good Inc” e “Dirty Harry”.
O álbum tem contribuições de De La Soul, Neneh Cherry, Martina Topley-Bird, Roots Manuva, MF DOOM, Ike Turner, Bootie Brown do The Pharcyde, Shaun Ryder, Dennis Hopper, o London Community Gospel Choir e Children’s Choir of San Fernandez.[2][5]
A capa do álbum é uma referência ao Let It Be de The Beatles e à arte de Blur: The Best of, o mais vendido álbum do Blur, a primeira banda de Damon Albarn, cofundador dos Gorillaz.
Demon Days foi mencionado pela primeira vez em artigos detalhando a reabertura do website dos Gorillaz na primeira quinzena de dezembro de 2004. Inicialmente, foi anunciado que o álbum seria lançado entre março e abril de 2005, mas o lançamento foi adiado. Em um artigo para a “Q Magazine” em fevereiro de 2005, foi dito que o álbum se chamaria We Are Happy Landfill. Outro título anterior a esse foi “Reject False Icons“, que é também o título do projeto cultural dos Gorillaz.
Em janeiro de 2005 foi lançado um promo da música “Dirty Harry” e um vídeo exclusivo na internet chamado “Rock It”. Mais tarde foi contado que a faixa “Rock It” não apareceria no álbum, e sim na coletânea D-Sides, lançada em novembro de 2007.
Antecedentes e gravação
Enquanto Jamie Hewlett estava trabalhando com sua equipe em um roteiro para um possível filme do Gorillaz, Damon Albarn ainda estava gravando o álbum Think Tank com o Blur. Quando Albarn estava pronto para começar a escrever e gravar material para o filme Gorillaz, toda a ideia já havia sido descartada, embora as ideias do roteiro do filme ainda fossem usadas, incluindo os temas de ser impulsionado pelo ego e o mundo estar preso em um noite sem fim.
Apesar disso, a principal fonte de inspiração do álbum veio na verdade como resultado da viagem de trem de Albarn de Pequim para a Mongólia, onde ele, sua parceira e sua filha de seis anos passaram um dia viajando pelo que ele descreve como uma “estranha, não falada, parte esquecida da China.
Basicamente, eram árvores mortas, até onde a vista alcança”, lembra Albarn. “Poeira, terra solta se transformando rapidamente em deserto. Há pequenas cidades-satélite no meio desses semidesertos que estão absolutamente de joelhos. E esta área é do tamanho da Europa. E então você acorda de manhã com este pesadelo em sua cabeça e é um céu azul e uma bela areia, que parece fantástico agora, mas provavelmente era outra coisa há milhões de anos. E isso vai acontecer conosco em nossa vida”.
“Gorillaz faz dark pop; é isso que eles sempre se propuseram a alcançar”, disse Albarn em uma entrevista à MTV News. “Todo o álbum meio que conta a história da noite – ficar acordado durante a noite – mas também é uma alegoria. É o que estamos vivendo basicamente, o mundo em um estado de noite”.[18]
Para a produção de Demon Days, Albarn recrutou Danger Mouse no lugar de Dan “The Automator” Nakamura, que havia produzido o álbum de estreia do grupo. O líder do Gorillaz escolheu Danger Mouse após ouvir o The Grey Album, que o levou à fama por misturar o White Album dos Beatles e o Black Album de Jay-Z. Segundo Albarn, “Dan [The Automator] não estava ocupado, o projeto apenas precisava de uma abordagem um pouco diferente”. Ele completou: “Danger Mouse, na minha opinião, é um dos melhores jovens produtores do mundo. Acho que o último álbum foi muito mais simplista. Era um território virgem – hip-hop animado, reggae, stroke-rock, rock latino – há muito mais complexidade com este álbum”.
Danger Mouse disse: “Foi incrível quando houve interesse de Damon. Eu ouvi demos do novo álbum, mas a maior parte foi ter a chance de fazer parte de algo que é tão forte – você apenas tem que pular. Tive um ano com altos e baixos (2004), mas foi definitivamente um grande passo quando eu tive a chance (de trabalhar com o Gorillaz)”.
Musicalidade
O site Sputnikmusic escreveu que o estilo do álbum “é uma forte incursão na fusão do hip-hop com pop e rock”. A Odyssey disse que o álbum era “um dark pop apocalíptico no seu melhor, mais estranho e mais atual”. A revista Vice chamou o álbum de “obra-prima do pop britânico” e escreveu que sua música “oscila entre o rap britânico, rock alternativo, piano-pop, trip-hop, reggae e psicodelia dos Beach Boys”.[21] A Spin descreveu o álbum como uma “expedição folk-disco-hip-hop-afro-pop-punk furtiva”.[22] Mike Schiller, da PopMatters, descreveu “Last Living Souls” como “piano pop ao estilo de McCartney”.